quinta-feira, 29 de março de 2012

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                                  "A desigualdade social é um monstro que se alimenta da inocência do povo."                

    

                                                                                                                                                                                                              "Estamos em um país onde todos são iguais, mas vivemos submergidos em total desigualdade                         social"                                                                                                                 




                                         "Aprendemos a voar como pássaros, e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos."                                                                                                                               
                 

Desigualdade Social: Causas, Riscos e Soluções


Desigualdade Social


       A desigualdade social acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas mãos de poucos. No Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mundo. Por esses acontecimentos existem jovens vulneráveis hoje principalmente na classe de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais supérfluos e incapazes de ter uma vida digna. Muitos jovens de baixa renda crescem sem ter estrutura na família devido a uma série de conseqüências causadas pela falta de dinheiro sendo: briga entre pais, discussões diárias, falta de estudo, ambiente familiar precário, educação precária, más instalações, alimentação ruim, entre outros.

  A desigualdade social tem causado o crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida e muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se tornando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas. Outro fator que agrava essa situação é a violência que cresce a cada dia.

  Podemos perceber que o ódio que faz com que uma pessoa se torne violenta sempre tem razões anteriores. Na maioria das vezes que vemos depoimentos de pessoas envolvidas com violência, as mesmas tiveram na infância situações onde o pai era ausente ou se presente espancava a mãe, a miséria fazia com que os pais vendessem drogas por um prato de comida, pais entregavam filhos para adoção ou até mesmo abandonavam os filhos ao invés de tentar reverter à situação. Alguns casos, as pessoas hoje violentas foram vítimas de abuso sexual quando mais jovens e essa série de situações trazem uma ira e desejo de vingança não só dos mal-feitores, mas também das autoridades que sabem de todos esses possíveis acontecimentos e não tomam posição.

  Hoje traficantes têm tomado o poder de algumas grandes cidades brasileiras e prejudicado cidadãos de bem com o intuito de atingir as autoridades. A cada dia que passa pessoas são mortas, espancadas e abusadas para que alguém excluído do mundo mostre que alguma coisa ele sabe fazer, mesmo que isso seja ruim.

  O fato é que, as autoridades são as principais causadoras desse processo de desigualdade que causa oportunidades de conhecimento para pessoas com baixa renda para que possam trabalhar e ter o sustento do lar entre outros.exclusão e que gera violência.
O que é?
  A desigualdade social é um fenômeno que ocorre quando, em determinadas sociedades, algumas pessoas detêm mais capital, poder e/ou influência que outras. Constitui-se, portanto, em uma condição social que permite a determinadas pessoas ter maior visibilidade e qualidade de vida em detrimento de outras. A desigualdade social pode ser legitimada ou não, isto é, pode ser aceita como uma condição natural dentro da sociedade por diversos fatores (religiosos, culturais, políticos etc.) ou pode ser contestada por ser tida como uma condição historicamente construída.

  Na atualidade, por ser um fenômeno comum a todos os países, dado que decorre da própria lógica do sistema capitalista, a desigualdade social muitas vezes é legitimada sem que se tome consciência, utilizando as justificativas mais variadas, sejam elas baseadas em questões materiais ou simbólicas. No campo ambiental, as desigualdades são especialmente observadas quando percebemos que os benefícios e os danos de empreendimentos poluentes são mal distribuídos na sociedade. Por exemplo: todos sabem que lixões, pedreiras, areais e indústrias poluentes não são alocados em regiões nobres das cidades, mas sim em regiões pobres, afastadas dos grandes centros urbanos.

  Utilizando o argumento do “interesse público”, governos e empresas muitas vezes se unem no intuito de justificar a instalação de determinados empreendimentos em zonas pobres, onde geralmente habitam pessoas de baixa escolaridade e necessitadas de emprego e renda. Desta forma, conseguem convencer a opinião pública da importância social daquele empreendimento ao mesmo tempo em que atraem a aceitação da população local.

  No entanto, o que sabemos é que as populações locais são fortemente afetadas pelos danos provenientes destes empreendimentos (contaminação e assoreamento de rios, lançamento de partículas tóxicas na atmosfera, poluição e erosão dos solos, contaminação de produtos agrícolas e recursos pesqueiros etc.), cujas “externalidades” causam degradação das condições ambientais, ocasionando diversos impactos sobre a saúde humana. São casos como estes que levaram ao surgimento de um movimento global por “justiça ambiental”, cuja atuação no Brasil tem sido crescente diante das ameaças que alguns empreendimentos que fazem parte do novo plano desenvolvimentista brasileiro representam às populações marginalizadas.
Causas
 A desigualdade social pode ter diversas origens. Em alguns países, como a Índia, os privilégios direcionados a uma parcela da sociedade são justificados por uma questão político-religiosa que define um sistema de castas, segundo o qual pessoas pertencentes a determinada casta são consideradas naturalmente superiores, enquanto outras são consideradas inferiores, sendo até mesmo excluídas do convívio social. Contudo, este é um caso especial.

  A desigualdade social que existe nos países que vivem sob o sistema capitalista é ocasionada, sobretudo, pela divisão social que existe entre os proprietários dos meios de produção e aqueles que para estes trabalham, permitindo a continuidade do empreendimento e gerando lucro para os proprietários. Este lucro, que garante a renda dos proprietários, é gerado pela mais-valia, isto é, uma parte da produção do trabalho que não é paga aos trabalhadores, indo direto para as mãos dos proprietários do empreendimento. Como existem poucos proprietários que recebem a mais-valia e muitos trabalhadores assalariados que repartem o restante da renda proveniente da produção, forma-se a desigualdade social capitalista, na qual poucos dispõem de muito dinheiro e muitos dispõem de pouco. Essa pequena elite privilegiada, proprietária dos meios de produção, foi chamada de burguesia, e a grande massa de trabalhadores que compõem a mão-de-obra foi chamada de proletariado, sendo que, ao longo dos anos, com a complexificação das relações sociais, outras classes foram surgindo (como a classe dos intelectuais e administradores, os detentores do conhecimento que compõem a classe média e permitem a perpetuação do sistema).

  Na atualidade, afirma-se que as desigualdades sociais vêm se agravando em nível mundial, com maior gravidade nos países periféricos, devido sobretudo à fase neoliberal do sistema capitalista, que diminui a participação do Estado na economia e confere maior poder às empresas privadas, o que vem aumentando o abismo entre ricos e pobres e a formação de um bloco cada vez maior de excluídos dos benefícios sociais.
Riscos e referencias
 A desigualdade social, por si, já é uma conseqüência da forma de distribuição de riquezas e benefícios sociais do sistema capitalista. No entanto, essa desigualdade desencadeia uma série de outras conseqüências para a sociedade, todas elas derivadas da luta de classes. Talvez a mais evidente seja a violência crescente que se observa em nível mundial, em especial dentro dos grandes centros urbanos dos países capitalistas, onde as desigualdades sociais são mais marcantes.

  No campo, aumentam também os embates violentos relacionados à luta por melhor distribuição de terras. Ainda, pode-se afirmar que as desigualdades têm uma forte relação com a desmobilização popular que se observa em diversos países do mundo, com especial destaque para o Brasil. Isso se deve à fragmentação da sociedade e à oposição de interesses de classes no âmbito do sistema capitalista, o que impede que haja uma união de esforços contra um vilão em comum. Isto se reflete também no movimento ambientalista, visto que os diversos atores sociais que formam este movimento (associações de moradores, ONGs preservacionistas, ONGs socioambientalistas, fundações empresariais, movimentos sociais pela reforma agrária, pela segurança alimentar etc.) muitas vezes têm interesses conflitantes devido aos seus posicionamentos classistas. Nesta disputa pela imposição de valores e visões de mundo, geralmente levam vantagens aqueles que dispõem de maior volume de capital (financeiro, cultural, social, simbólico), por isso grande parte da população é excluída dos processos de tomada de decisão, tendo de arcar com danos conforme definido pelas partes mais fortes.

  Ainda que todos entrem em acordo sobre a importância de proteger o meio ambiente, torna-se difícil definir que caminho seguir ou contra quê lutar quando não está claro para a maior parte da população sequer quem são os maiores responsáveis por poluições, desperdícios etc., pois até mesmo o acesso à informação é desigual. Desta forma, a luta ambiental, que parece ser tão bem compreendida na teoria, é severamente enfraquecida em sua prática, pois os esforços não são convergentes e os que detêm conhecimento muitas vezes lutam em causa própria, sem levar em conta o interesse coletivo.

  Por fim, deve-se ressaltar que a pobreza sem dúvida leva à degradação ambiental quando os sujeitos envolvidos precisam degradar os recursos naturais para a sua sobrevivência, mas a riqueza sem dúvida leva a uma degradação maior, pois a quantidade de recursos explorada para satisfazer as necessidades materiais das classes dominantes (em especial nos países desenvolvidos) certamente tem um impacto muito mais significativo no meio ambiente.
Soluções
 A solução para um problema complexo como a desigualdade social não pode ser pensada de forma estritamente técnica, como se dependesse de uma equação matemática desenvolvida por economistas. Este é um equívoco muito comum quando esquecemos as raízes históricas de determinados problemas, por isso deve-se ter clareza de que este é um problema decorrente da própria estrutura sistêmica em que estamos inseridos, portanto pequenas reformas são incapazes de dar conta de todo o processo. Contudo, podemos apontar alguns caminhos que vemos como fundamentais na superação deste imenso problema social.

  O primeiro deles, sem dúvida, é o acesso a uma educação pública de qualidade, que atenda à realidade das populações envolvidas e seja capaz de formar seus sujeitos para uma ação política comprometida com os interesses coletivos. A educação deve ser vista não apenas como um processo de formação de mão-de-obra para ser absorvida pelo mercado de trabalho, mas essencialmente como um processo de formação da cidadania plena, que prepare seus sujeitos para participar ativamente de todos os espaços políticos (governos municipal, estadual, federal, poder judiciário, mídia, comitês de bacia, conselhos gestores, audiências públicas etc.), atualmente ocupados quase inteiramente por representantes das classes dominantes. É importante frisar que a superação da desigualdade social não pode se dar somente no nível individual, com “força de vontade e determinação para o trabalho”, como alguns pregam. A superação das desigualdades sociais deve ser pensada sempre em um nível coletivo, de classe, com a união dos grupos explorados e oprimidos (sejam eles de trabalhadores, de mulheres, negros, homossexuais, sem-terra, sem-teto etc.) se voltando contra a fonte da exploração que se encontra na raiz do sistema capitalista.

  Além disso, é importante que o acesso ao conhecimento (científico e não-científico) seja democratizado para que se supere a alienação social, permitindo que a população possa interferir nos processos produtivos não só no nível do consumo, mas também nos níveis de elaboração, produção e distribuição de produtos. No fundo, o que queremos dizer é que a superação das desigualdades sociais caminha junto com a democratização plena da sociedade, portanto lutar por democracia é também lutar pelo fim das desigualdades.
O que você pode fazer para ajudar?
  Como dito anteriormente, é difícil apontar soluções para a desigualdade social no nível individual, dado que este processo depende de um esforço coletivo, por isso é importante que toda pessoa busque participar de espaços coletivos que representem seus interesses. A possibilidade de participar de um movimento social, uma ONG ou mesmo uma associação de bairro precisa voltar a ser considerada como uma atividade de grande relevância, pois a solução para as desigualdades reside acima de tudo na atuação política, seja interferindo na formulação de leis, emitindo opinião em audiências públicas ou representando suas comunidades nos espaços apropriados. É importante também buscar se informar por diversas fontes (livros, jornais, sites da internet) e questionar a neutralidade das informações passadas, de forma a poder apoiar ou criticar determinadas lutas com consciência do que de fato acontece.

  O conhecimento é de grande importância inclusive para apoiar/criticar a criação de usinas hidrelétricas e nucleares, a instalação de empreendimentos potencialmente poluidores, a produção de alimentos transgênicos ou a transposição de rios, só para citar alguns temas atuais. Isto porque tais atividades comprometem diversas pessoas e recursos naturais, sendo ao mesmo tempo fontes de inclusão e exclusão social.

  Superar desigualdades significa optar por inclusão e justiça social, mas simultaneamente ter consciência da capacidade de sustentação do planeta para que “incluir” não seja sinônimo de “consumir”. Portanto participe, se informe, inclua e rejeite injustiças.
Referencias
- Conflitos Ambientais no Brasil – Henri Acselrad (org.) – Editora Relume Dumará
- Justiça Ambiental e Cidadania – Henri Acselrad (org.) – Editora Relume Dumará
- O que é Ideologia – Marilena Chauí – Editora Brasiliense
- Terceiro Setor e Questão Social – Carlos Montaño – Editora Cortez
- O Protagonismo da Sociedade Civil – Maria da Glória Gohn – Editora Cortez
- Os (des)caminhos do meio ambiente – Carlos Walter Porto-Gonçalves – Editora Contexto
- Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania – Carlos Frederico B. Loureiro (org.) – Editora Cortez.

A Desigualdade Social e suas Consequencias


A DESIGUALDADE SOCIAL E SUAS CONSEQÜÊNCIAS

O Brasil, apesar de estar entre as dez maiores economias do mundo, é um dos campeões de desigualdade social. Os índices de violência aumentaram assustadoramente, elevando o crescimento da indústria de segurança. Blindagem de carros, sistemas de alarmes, travas e grades compõem um arsenal que, hoje, é quase uma necessidade essencial.
                     Tal situação, sem dúvida, é fruto de um longo período de descaso e conformismo de toda sociedade.
                     Josué de Castro, expõe, numa inspiradíssima frase, a seguinte constatação: “Metade da humanidade não come e a outra metade não dorme com medo da que não come”.
 Felizmente muitos já compreenderam que é absolutamente incompatível a prosperidade do empresariado numa sociedade em situação de caos.
                    As empresas podem, não somente utilizar o seu poder político para influenciar nas decisões governamentais e nas políticas públicas - para que estas sejam mais éticas e justas – mas, também, empreender em setores onde a dignidade humana e a qualidade de vida estão diretamente relacionadas.
                 Não podemos, simplesmente, nos trancafiar temerosos dos famintos, precisamos estar conscientes do nosso papel e de nossa responsabilidade diante de tão grave problema.
                        Felizmente o “exército do bem”  tem crescido, avançado e conquistado vitórias. Não são somente as empresas que se voltam para implementar ações na área social, boa parte da população tem se beneficiado com programas voltados para os mais carentes. Existem, hoje, no país cerca de 220.000 organizações não-governamentais, a maioria dedicada à filantropia. Os soldados desse bom exército estão em todos os lugares, em ruas, escolas, associações, ou mesmo em casas de detenção, a exemplo dos internos do presídio Hélio Gomes, que doaram por três vezes (outubro, novembro e dezembro) para o Banco Rio de Alimentos, num nobre gesto de solidariedade, alimentos equivalentes a uma refeição do seu dia. Isto demonstra que a atitude cidadã independe do poder aquisitivo, condição social ou humana, mas está diretamente relacionada à capacidade de lançar o olhar para o que está em volta e perceber que há sempre algo a fazer pelo outro.